No mês de maio a bandeira tarifária seguirá verde, é o quarto mês consecutivo, informou a ANEEL, isso porque os reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) recuperaram o seu nível devido ao aumento do volume de chuvas. Com essa recuperação as empresas conseguiram manter o valor sem precisar repassar para os consumidores. As bandeiras tarifárias são medidas pelo preço da energia no mercado de curto prazo (PDL) e pelos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF), com esses números reduzidos foi possível manter a bandeira verde para o próximo mês.
As vazões no país estão próximas ao normal, com exceção do Sul do país, mesmo assim a previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico é de queda de 8,3%, em abril este número foi de 12,4%. Esta queda é decorrente as mudanças na rotina durante o período da pandemia do Coronavírus. Sudeste e Centro-Oeste são as regiões com maior expectativa de queda 9,3% comparado com a mesma época no ano passado, seguido pela região Norte 8,1%, Nordeste 7,9% e Sul 5,3%. Se essa expectativa for confirmada a carga total do mês de maio representará 61.422 MW em média.
O nordeste mostra um surpreendente aumento nas precipitações na Bacia do São Francisco trazendo boas expectativas em relação ao reservatório da Usina Hidrelétrica Sobradinho, a UHE que anos atrás chegou a quase zero, neste mês poderá ficar totalmente cheio. Já no Sul acontece o inverso, a estimativa é a continuidade da seca e para maio a UHE Machadinho deverá chegar a nível zero de armazenamento.
A expectativa do nível de armazenamento para final de maio é de aumento para quase todo o país, com exceção do Sul. No dia 24 de abril, o volume registrado foi de 17%, para maio a estimativa é a queda de um ponto percentual. A região Sul tem o pior histórico do país, já as outras regiões se destacam pelo melhor cenário dos últimos cinco anos. No final de maio espera-se que a região Nordeste esteja com 89,3% de armazenamento, seguido de Norte 83% e 58,1% no Sudeste e Centro-Oeste.
A projeção de energia natural afluente (MLT) para maio, segue os números vistos em abril. No Norte está o maior volume com 122% da média de longo termo, o Sudeste e Centro-Oeste com 88%, Nordeste com 79% e o Sul com 19% da MLT. Com este cenário o a estimativa é que o custo marginal de operação fique zerado ou próximo de zero em todos os patamares de carga
A estimativa de despacho térmico é de 5.902 MW médios, a maior parte por conta da inflexibilidade declarada de térmicas no Sudeste, com 3.858 MW médios, levando essa linha ao total de 5.377 MW médios. Há ainda 350 MW médios por restrição elétrica e outros 175 MW médios por ordem de mérito.